Após dois meses operando abaixo de US$ 1.500 por onça-troy, o ouro volta a se sustentar acima da marca psicológica pela segunda sessão consecutiva. O contrato para fevereiro do metal negociado na Comex encerrou o pregão desta quinta-feira, 26, em alta de 0,64%, a US$ 1.514,40 por onça-troy, voltando aos níveis de novembro.

A retomada de fôlego acontece apesar do contínuo avanço no mercado acionário americano – que renovou máximas históricas nos últimos dias – e da diminuição das tensões comerciais envolvendo EUA e China. O aumento do apetite a risco costuma tirar a atratividade de ativos de segurança, como o ouro.

Na avaliação do Goldman Sachs, incertezas políticas e temores a respeito da saúde da economia americana podem levar o ouro a superar os US$ 1.600 no primeiro trimestre de 2020. Operadores do mercado de opções também têm apostado na alta do metal.

“O fato de os investidores ainda estarem com uma parcela decente de ouro dá uma boa ideia de como eles estão literalmente protegendo suas apostas”, disse Altaf Kassam, chefe de estratégia de investimentos da State Street Global Advisors na Europa, Oriente Médio e África. “O ouro definitivamente não está parecendo um lugar ruim para armazenar algum valor ou fazer um seguro”.

Em relatório a clientes, a equipe do Bespoke Investment Group observa que “mesmo com a fraqueza nos últimos meses, 2019 marcou o melhor ano para o ouro desde 2010, que entra no novo ano com uma imagem positiva renovada do ponto de vista técnico”. Fonte: Dow Jones Newswires.