Renovando mais uma vez sua máxima histórica, contrato futuro de ouro encerrou o pregão desta segunda-feira, 3, em leve alta, amparado pelo quadro global incerto e pelos juros baixos nos Estados Unidos. Os baixos rendimentos dos Treasuries, ativo também considerado como um porto seguro, têm estimulado a corrida pelo metal precioso. Por outro lado, os negócios em modo “risk on” nesta sessão e o dólar forte no exterior contiveram a demanda.

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Ouro fecha em alta e renova recorde histórico com incerteza econômica

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), ouro para agosto fechou o dia em alta de 0,02%, a US$ 1986,3 a onça-troy. Ao longo do dia, a cotação rompeu os US$ 2 mil e bateu em US$ 2.009,5 onça-troy.

Apesar do pregão de apetite por risco de hoje, com agentes do mercado tomando posições de risco nas bolsas, o ouro seguiu sua escalada nesta segunda-feira.

Considerado um ativo de segurança, muito buscado em momentos de incerteza, o metal têm sido apoiado pelas incertezas em torno do avanço do coronavírus, da recuperação global e das tensões sino-americanas. A política monetária relaxada adotada nos Estados Unidos, que visa combater a recessão, ainda ajuda as cotações.

Nesta segunda, contudo, para além da tomada de risco, o dólar forte evitou ganhos ainda mais robustos do ouro, segundo operadores. A moeda americana forte torna commodities mais caras para detentores de outras divisas, o que pressiona a demanda.

De acordo com o Bank of America, o ouro é visto como um ativo anticíclico. “O atual cenário macroeconômico da política monetária e fiscal frouxa reforça essa dinâmica, por isso acreditamos que o recente rali pode ser justificado”, diz a instituição, em nota enviada a clientes.

O Commerzbank ressalta que os pedidos por entrega física de ouro têm crescido nos últimos tempos, evidenciando o contexto geral de busca por segurança.

“As entregas físicas no Comex vêm aumentando há meses: totalizaram 26 toneladas em fevereiro, 98 toneladas em abril e 171 toneladas em junho. Isso revela que os investidores preferem o ouro físico ao papel”, comenta o banco alemão.