O contrato futuro mais líquido de ouro fechou em queda nesta sexta-feira, 11, interrompendo o processo de recuperação que havia começado no início da semana, em meio à aversão ao risco advinda das incertezas decorrentes do Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro encerrou em baixa de 0,83%, a US$ 1.947,90 a onça-troy, mas teve alta de 0,70% na semana.

“O ouro ainda parece otimista, mas terá dificuldade para romper o nível de US$ 2 mil a onça-troy novamente até que o dólar retome sua tendência de baixa”, explica o analista Edward Moya, da Oanda.

As últimas sessões foram marcadas por uma cautela que beneficiou o metal precioso. Logo no início da semana, o Reino Unido divulgou um projeto de lei que impõe regras alfandegárias à Irlanda do Norte, em uma medida que, para Bruxelas, viola os termos do acordo de separação. O impasse acabou alimentando certa prudência nos mercados, o que tende a beneficiar o ouro, considerado reserve de segurança.

Hoje, contudo, o rali teve uma pausa. “A incerteza da eleição presidencial nos Estados Unidos, os problemas do Brexit, as tensões comerciais, os elevados pedidos de seguro-desemprego e a mudança de política do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) podem desencadear uma corrida por dinheiro a curto prazo, o que seria negativo para o ouro”, explica Moya.