O ouro encerrou o pregão e a semana em baixa, pressionado pela menor demanda por ativos de segurança e dados mais fortes do que o esperado nos Estados Unidos. O metal perdeu o nível psicologicamente importante de US$ 1.500 por onça-troy.

Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), a onça-troy do ouro para dezembro encerrou a sexta-feira a US$ 1.499,50. No dia, a baixa foi de 0,53%. Na semana, a perda foi de 1,06%.

A guerra comercial – que impulsionou o ouro ao longo do mês de agosto – deu sinais de arrefecimento nesta semana. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou os rumores que circularam nos últimos dias e afirmou que poderia considerar um acordo em etapas com a China, mas disse preferir um “acordo integral”. O líder da Casa Branca ainda declarou que os EUA estão se saindo bem nas negociações com o país asiático.

Antes dessa declaração, a China já havia decidido isentar 16 tipos de produtos dos EUA de tarifas extras por um ano, a partir do dia 17. Em contrapartida, Trump adiou um aumento de tarifas sobre US$ 250 bilhões em produtos da China, de 1º para 15 de outubro, “como gesto de boa vontade”.

Neste cenário, o ouro – visto como ativo de segurança – perdeu o ímpeto na semana. Além disso, sinais de que a economia americana não está tão fraca como anteriormente projetado sustentaram dólar e juros dos Treasuries em alta – outro fator que pesa sobre o metal.

Nesta sexta-feira, o Departamento do Comércio informou que as vendas no varejo dos Estados Unidos subiram 0,4% na passagem de julho para agosto, segundo dados com ajustes sazonais. O resultado veio acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam aumento de 0,2%. O dado do sétimo mês do ano foi revisado de 0,7% para 0,8%.