O ouro operou em alta nesta segunda-feira, 15, e fechou na sua maior cotação das últimas duas semanas. O metal precioso foi impulsionado pelo recuo nos rendimentos dos Treasuries, os títulos da dívida pública dos Estados Unidos, que rivalizam com o ouro como reserva de segurança entre investidores. A valorização do dólar ante pares, porém, conteve os ganhos da commodity, já que a alta da moeda americana faz o metal ficar mais caro e, portanto, menos atraente aos mercados.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril avançou 0,55%, a US$ 1.729,20 a onça-troy.

Volátil durante a maior parte do pregão, os juros dos Treasuries passaram a recuar na tarde de hoje, próximo ao fechamento dos mercados de commodities em Nova York, especialmente na ponta longa da curva de rendimentos. Com isso, o ouro, que acumulou perdas por conta do mercado de renda fixa em sessões recentes, se recuperou e fechou na sua maior cotação desde o dia 02 de março.

O mercado estima que o movimento de queda do metal precioso parece ter tido uma pausa, e uma recuperação dos preços é provável. O diretor de pesquisa da BullionVault, Adrian Ash, acredita que o ouro pode atingir os US$ 2 mil a onça-troy durante o verão no hemisfério norte, caso continue o movimento de baixa nos rendimentos dos títulos americanos, principalmente nas taxas reais, após a aceleração recente.

Para o analista do Commerzbank, Carsten Fritsch, além da queda nos juros dos Treasuries, o menor volume de fuga entre investidores de fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) e o recuo nas posições de especuladores devem apoiar a recuperação do ouro. Segundo ele, a menor participação de especuladores em contratos do metal precioso reduz a chance de uma nova queda brusca da commodity, já que “a maioria das mãos fracas já terão se retirado” das negociações. (COM INFORMAÇÕES DE DOW JONES NEWSWIRES)