O ouro encerrou nesta quinta-feira, 20, a sexta sessão consecutiva em alta, renovando o maior valor para o contrato mais líquido desde fevereiro de 2013. Geralmente procurado por investidores em busca de segurança, o metal continua a ser sustentado pelas incertezas decorrentes do noticiário sobre o coronavírus.

O metal para abril fechou em alta de 0,54%, em US$ 1.620,50 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Na quarta, a China voltou atrás e mudou, outra vez, o método de contagem dos casos de coronavírus, excluindo aqueles confirmados por exames clínicos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 74.675 pessoas na China foram infectadas pelo vírus, entre as quais 2.121 morreram.

Nesta quinta à tarde, o Japão confirmou a segunda cidadã latino-americana diagnosticada com a doença, uma chilena de 45 anos, que estava a bordo do cruzeiro Diamond Princess, em quarentena na costa japonesa. Cerca de 620 tripulantes do navio tiveram teste positivo para o patogênico.

Na avaliação do analista sênior da corretora FXTM, Lukman Otunuga, a cautela decorrente do coronavírus vai continuar a impulsionar o ouro. “Com o surto provocando incertezas, nervosismo e ansiedade por todo o mercado, o ouro deve continuar a brilhar em meio ao caos”, avalia.

O Commerzbank acredita que investidores estão precificando um aumento na demanda pelo metal, apesar de problemas na Ásia. “O pensamento por trás disso parecer ser que a China e, possivelmente, outros países vão implementar medidas de estímulos, como corte de juros, para impulsionar suas economias após o surto de coronavírus, analisa.

*Com informações da Dow Jones Newswires