O contrato futuro mais líquido de ouro fechou em queda nesta segunda-feira, 11, pressionado pelo fortalecimento do dólar em meio às incertezas provocadas pelo avanço do coronavírus.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para julho encerrou em queda de 0,93%, a US$ 1.6980 a onça-troy.

Investidores seguem avaliando os sinais sobre perspectivas para a reabertura da economia em vários países, após a quarentena imposta pelo coronavírus. Ontem, no Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou os planos para afrouxamento da medidas de distanciamento social. Já na França, a primeira fase do relaxamento começou hoje, enquanto, nos Estados Unidos, vários estados também já se preparam para reabrir.

Ainda assim, o início da semana foi marcado pela cautela, com relatos de novas ondas de infecções em alguns países da Ásia, que já haviam removido restrições. O cenário fortaleceu o dólar, o que prejudica o ouro. Por volta das 15h05 (em Brasília), o índice DXY, que mede a variação da divisa americana frente a uma cesta de seis rivais fortes, subia 0,51%, retomando a marca de 100 pontos.

Segundo o analista de mercado financeiro da Oanda, Edward Moya, o cenário faz com que o metal precioso fique volátil, “à medida que os investidores esperam para ver se os danos econômicos do Covid-19 exigirão muito mais estímulo na Europa e nas Américas”.

O Commerzbank avalia que o ouro pode reverter a queda e sustentar alta. “(Os investidores) só só precisam observar as medidas extremamente expansionistas tomadas pelos bancos centrais e governos, que irão levar a um aumento maciço nos balanços e nos níveis da dívida nacional”, destacou.