O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em queda nesta segunda-feira, 12, em meio ao avanço dos juros dos Treasuries, com renovadas expectativas pela forte recuperação da economia dos Estados Unidos e a aceleração da inflação.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho encerrou a sessão com perda de 0,69%, a US$ 1.732,70 a onça-troy.

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, disse ontem que a atividade econômica dos EUA está em um “ponto de inflexão”, pestes a crescer aceleradamente, à medida que avança a vacinação contra o coronavírus.

O quadro eleva as perspectivas de alta inflacionária nos próximos meses, o que também impulsionam os rendimentos dos títulos públicos norte-americanos. Uma vez que competem com a renda fixa como reserva de segurança, os metais preciosos tendem a perder força quando os retornos dos papéis soberanos estão em alta, porque não rendem juros.

Apesar da queda de hoje, o Commerzbank destaca que o ouro ainda está consideravelmente longe das mínimas de março, a cerca de US$ 1.680 a onça-troy. Segundo o banco, o metal tem potencial para voltar a subir, com a recuperação da demanda da Índia. “De acordo com relatos da mídia, as importações de ouro indiano dispararam para 98,6 toneladas em março – o maior valor mensal desde maio de 2019”, explica.