O ouro fechou em baixa nesta sexta-feira, 30, pressionado pelo avanço do dólar ante a maioria das moedas de economias desenvolvidas e emergentes. A valorização da divisa americana torna os contratos do metal precioso mais caros e, portanto, menos atraentes para os investidores.

A queda nos juros dos Treasuries durante a maior parte da sessão, porém, limitou as perdas da commodity metálica.

O ouro com entrega prevista para junho recuou 0,03%, e terminou a sessão cotado a US$ 1767,70 a onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na semana, o ativo registrou variação negativa de 0,57%.

Apesar da pressão do câmbio, os retornos dos títulos da dívida pública recuaram e deram apoio ao ouro, uma vez que ambos concorrem entre si como reserva de segurança de investidores.

Em relatório enviado no início da sessão, o Commerzbank comenta que a retirada de parte da demanda por ouro em fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) também tem pesado sobre o metal.

“Enquanto o ouro se encontrava sob pressão, o paládio alcançou um novo recorde de US$ 2.980 por onça troy. A marca de US$ 3.000 pode ser alcançada antes do fim do dia”, prevê o banco alemão.

Já a Capital Economics projeta que o ouro deva cair ainda mais ao longo de 2021, apesar de alta na demanda pelo metal físico, em especial na Índia e na China.

Para a consultoria, os fatores que apontam para maiores perdas do ouro são, principalmente, as prováveis altas do dólar e dos retornos dos Treasuries neste ano, diante da aceleração econômica e inflacionária nos Estados Unidos.