O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa nesta quarta-feira, 26, limitado pelo fortalecimento do dólar ante rivais. No radar das mesas de operação, também ficaram as expectativas para decisão monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ainda nesta quarta.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro caiu 1,23%, a US$ 1.829,70 por onça-troy.

O Commerzbank avalia que o metal precioso resitiu à firmeza do dólar, ainda que tenha impedido de registrar avanço nesta sessão. Para o banco alemão, a revisão para baixo do Fundo Monetário Internacional (FMI) para crescimento da economia global contribuiu para alguma busca pelo ouro.

Em relação ao Fed, o Commerzbank acredita que a manutenção da política monetária e sinalização da alta de juros básicos em março já estão precificados no mercado. O ouro sofreria pressão mais significativa caso o Fed adotasse postura claramente mais hawkish do que o antecipado ou até mesmo sinalizasse uma alta de 50 pontos-base, diz o banco. “O ouro provavelmente reagiria positivamente caso o Fed inesperadamente adiasse sua primeira elevação de juros por alguma razão.”

Em mais longo prazo, a Capital Economics prevê a queda dos preços do metal precioso. A projeção é que o ativo do ouro termine 2022 a US$ 1.600 por onça-troy.

A consultoria espera que a política monetária adotada pelo banco central americano ao longo deste ano eleve os juros dos Treasuries e fortaleça o dólar, pressionando assim o ouro.