A sinalização da China de que deve manter o yuan mais estável do que o temido por alguns nos mercados internacionais ajudou a reduzir as tensões nos mercados internacionais nesta quinta-feira, 8, apoiando o apetite por risco e, consequentemente, levando a uma menor busca por segurança e a um recuo no ouro.

O ouro para dezembro fechou em queda de 0,66%, a US$ 1.509,50 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Os dados da balança comercial da China mostraram avanço nas exportações em julho, o que contrariou a expectativa dos analistas.

O indicador positivo se somou à postura do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) em relação ao câmbio, após a orientação diária da moeda ter sido interpretada como uma postura de que o banco central não permitirá desvalorização excessiva da divisa.

Com isso, o ouro se enfraqueceu, após ter atingido na sessão anterior máximas desde abril de 2013.

De qualquer modo, o Commerzbank aponta em relatório que o metal tem sido apoiado pela aversão ao risco e pelos temores com a disputa comercial entre Estados Unidos e China, bem como por compras de bancos centrais.

O banco alemão cita que, segundo o Conselho Global do Ouro, os bancos centrais devem comprar pelo menos 500 a 600 toneladas de ouro neste ano, apoiando a demanda pelo metal.