O ouro fechou em queda nesta quarta-feira, 27, em meio a certo otimismo com sinalizações de avanço nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China e à valorização do dólar após indicadores positivos da economia americana.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para dezembro recuou 0,47%, a US$ 1.453,40 a onça-troy.

Na terça-feira, uma declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apoiou o otimismo dos mercados sobre a assinatura da chamada “fase 1” do acordo comercial entre americanos e chineses. Trump disse que as conversas com a China “estão indo muito bem”, embora tenha ponderado que os EUA estão “observando” a situação dos protestos em Hong Kong.

Nesta quarta, dados positivos da economia americana ajudaram a diminuir a busca por segurança e a fortalecer o dólar, o que prejudica a cotação do metal precioso.

O Produto Interno Bruto (PIB) americano cresceu 2,1% no terceiro trimestre, na segunda leitura, e as encomendas de bens duráveis também surpreenderam e avançaram 0,6% em outubro ante setembro. Com isso, o índice DXY, que mede a divisa americana ante outras seis moedas principais, atingiu o maior nível em duas semanas.

Analista de metais do Commerzbank, Daniel Briesemann também chama a atenção para o fato de que a China importou apenas 10,8 toneladas de ouro de Hong Kong em outubro, 63% a menos do que no mesmo mês do ano passado.

“Embora isso possa estar relacionado, em certa medida, aos protestos na ex-colônia britânica, acreditamos que os números confirmam, em primeiro lugar, a fraca demanda por ouro observada na China há meses”, avalia Briesemann.