O ouro fechou em queda nesta terça-feira, em meio a uma demanda menor por ativos de segurança, embora ainda pairem dúvidas sobre os desdobramentos das negociações entre Estados Unidos e China em torno da chamada “fase 1” do acordo comercial entre os países. Nesta terça, em discurso no Clube Econômico de Nova York, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o acordo preliminar estaria “perto” de um fechamento e que Pequim tem feito mais compras de produtos agrícolas, embora também tenha ameaçado adotar tarifas se não se concretizar um pacto. Além disso, Trump criticou o Federal Reserve (Fed, banco central americano) por segundo ele colocar o EUA em desvantagem competitiva a outros países que cortam mais seus juros.

O ouro para dezembro fechou em baixa de 0,23%, a US$ 1.453,70 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

O metal precioso continua sendo deixado de lado por certo apetite por risco dos investidores, que mantiveram em geral suas apostas após o discurso de Trump. As bolsas de Nova York sustentaram ganhos modestos, enquanto o republicano celebrava os números do mercado acionário que estão perto de máximas históricas – o S&P 500 e o Nasdaq renovaram recordes intraday.

De acordo com Daniel Briesemann, analista do Commerzbank, o ouro segue perdendo seu apelo em três meses de queda. “Acreditamos que um dos fatores que pesa sobre o preço do ouro, nesse meio tempo, é que o aumento mais recente nos juros dos bônus significa que mais títulos estão exibindo um rendimento positivo novamente, o que torna o ouro menos atraente”, avalia o analista.