O ouro fechou em queda nesta terça-feira, 4, voltando a ser cotado abaixo da barreira psicológica de US$ 1,2 mil, pressionado pela alta generalizada do dólar em meio às tensões comercias nas tratativas dos Estados Unidos com seus parceiros, além de indicadores fortes da economia americana.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para entrega em dezembro fechou em baixa de 0,62%, a US$ 1.199,10 a onça-troy.

O dólar avançou ante outras moedas fortes e emergentes diante da cautela em meio às tensões comerciais. Nesta semana, os EUA retomam as negociações com o Canadá após não selarem acordo na última sexta-feira, enquanto investidores monitoram possíveis novas tarifas de Washington sobre US$ 200 milhões em produtos chineses.

Ao mesmo tempo, as incertezas e o medo de contágio em relação a economias em desenvolvimento deu força à divisa dos EUA ante moedas de países emergentes. Agentes aguardam novidades sobre uma revisão dos termos do acordo entre a Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI), cujas delegações se reúnem na capital americana.

Após a divulgação do índice de atividade industrial dos EUA elaborado pelo Instituto para a Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês), que saltou de 58,1 em julho para 61,3 em agosto, muito acima das estimativas de analistas consultados pelo Wall Street Journal de queda a 57,5, a moeda americana ganhou ainda mais força nesta terça.