O contrato futuro mais líquido de ouro fechou em leve baixa nesta terça-feira, 28, com menor busca por ativos de segurança na esteira do otimismo em relação ao relaxamento das medidas de distanciamento social impostas pelo coronavírus.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, encerrou em queda de 0,09%, a US$ 1.722,20 a onça-troy.

Nos últimos dias, vários países anunciaram planos para abrandar as quarentenas, por conta da aparente desaceleração da pandemia de covid-19. O cenário pressionou as cotações do ouro, que tendem a subir em momentos de maiores incertezas econômicas. “Melhora no sentimento dos mercados significa demanda menor por ouro como um ativo de segurança, pelo menos por agora”, explica o Commerzbank, em relatório.

Segundo o banco, outro fato fator que pesa sobre os preços do metal precioso é a fraca demanda na Ásia, com a Associação de Ouro da China reportando queda de 50% no consumo da commodity no primeiro trimestre. “A crise da coronavírus e os preços locais recordes são os motivos da reticência do consumidor na China no início do ano”, explica o relatório.

Já na Índia, a indústria de joias prevê recuo ao nível mais baixo em 30 anos. “As razões são as mesmas, com o problema adicional de que a quarentena na Índia, que está em vigor há cerca de um mês, já foi estendida várias vezes (atualmente até 3 de maio)”, revela a instituição, destacando que a retração na Ásia tem sido, em parte, compensada pelo avanço da demanda no ocidente.