O contrato futuro de ouro fechou em queda, nesta quinta-feira, 12, pela terceira sessão consecutiva. A queda foi a maior das últimas duas semanas, em meio ao nervosismo dos mercados com o avanço do coronavírus nos Estados Unidos e a medidas restritivas que devem impactar o crescimento da economia. De acordo com analistas, nesse contexto os investidores estão vendendo o metal precioso, para compensar as perdas nas bolsas.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para abril recuou 3,17%, para US$ 1.590,30 a onça-troy.

Em dia de aversão à risco generalizada, após o presidente Donald Trump ter suspendido os voos da Europa para os EUA por medo do coronavírus, as bolsas recuaram fortemente, fazendo investidores buscarem alívio em outros ativos.

A apesar da aversão ao risco, que tenderia a impulsionar os preços do metal precioso, o ouro chegou a cair mais de 4%, na mínima de US$ 1560,4.

Segundo o Commerzbank, houve um movimento generalizado de vendas para compensar as fortes perdas registradas em outros mercados. “A liquidação no mercado de ações levaram os traders a se esforçar para vender posições do metal precioso em uma tentativa de obter dinheiro”, afirma o banco alemão.

Para Jim Wyckoff, analista sênior do Kitco.com, “os investidores estão vendendo o que podem com o mercado em pânico”.

O ritmo de queda dos contratos futuros de ouro diminuíram após o Federal Reserve Federal (Fed, o banco central americano) informar que vai injetará mais de US$ 1,5 trilhão em liquidez no sistema financeiro por meio de operações de recompra (repo). Para Jeff Wright, vice-presidente executivo da GoldMining Inc., a ação do Fed fez os contratos futuros da commodity encerrarem o dia “em uma baixa intermediária”.

*Com informações do Dow Jones Newswires.