O contrato mais líquido de ouro fechou em queda, nesta quarta-feira, 3, no terceiro declínio consecutivo, registrando seu menor ajuste em mais de três semanas. O apetite por risco, estimulado pela menor perda de empregos no setor privado americano do que o esperado, pressionou o metal precioso. Analistas também apontam impacto da queda da demanda da Índia por ouro como um dos fatores que estão direcionando o movimento de baixa dos últimos dias.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto encerrou em queda de 1,68%, a US$ 1.704,80 a onça-troy.

O Commerzbank destaca que o “rali em curso nas bolsas de valores” colocou um freio no ouro. “À medida que o apetite pelo risco aumenta, o ouro como porto seguro se torna menos atraente para os investidores”, afirma Carsten Fritsch, analista do banco alemão.

Fritsch também destaca que a demanda por ouro na Índia, que já era muito fraca em maio, ficou ainda mais contida em abril. “Em abril, as importações indianas de ouro pararam, para todos os efeitos. A suspensão de voos internacionais e o bloqueio nacional para conter o coronavírus ainda estão visivelmente cobrando seu preço, afirma.

O ING, por sua vez, corrobora que as importações de ouro da Índia – o maior mercado consumidor do mundo – permanecem bastante deprimidas. “Notícias apontam que a Índia importou cerca de 1,4 tonelada de ouro em maio, em comparação com as 134 toneladas do ano anterior”, destaca.