O contrato futuro de ouro fechou em baixa, nesta terça-feira, 26, com apetite por risco sustentado por uma série de notícias estimulantes, como o início de testes de uma vacina para a covid-19 e a reabertura das economias. O número de infecções está caindo nas grandes economias, o que eleva o bom humor dos investidores que buscam posições mais arriscadas, deixando o ouro em segundo plano.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto encerrou em queda de 1,42%, a US$ 1.728,20 a onça-troy.

A Stifel comenta em relatório a clientes desta terça que “os mercados ganharam um otimismo crescente da noite para o dia, com a reabertura das economias e o potencial desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus”. A empresa americana Novavax informou ontem que começará o primeiro estudo em humanos de sua vacina experimental contra o coronavírus.

O Swissquote acredita que o apetite por risco vai prevalecer e o bom humor nos mercados afasta qualquer temor, inclusive com a escalada nas tensões entre EUA e China.

“Todas as outras preocupações, incluindo as tensões EUA-China, são reduzidas e não devem ter um impacto significativo na melhoria constante do apetite ao risco global”, diz o banco.

Já o Commerzbank explica que a pouca demanda por ouro na Índia e na própria China contribui para queda nos preços do metal precioso. “Famílias chinesas não compraram praticamente nenhum ouro por causa da crise da coronavírus e dos altos preços locais. Parece ter havido uma oferta excessiva de ouro na China no mês passado, forçando os comerciantes chineses a vender com descontos de US$ 50 a 70 a tonelada no mercado. A demanda por ouro na Índia também tem sido muito fraca, sendo que em abril as importações indianas de ouro pararam completamente.”