O contrato futuro mais líquido de ouro fechou em baixa nesta quarta-feira, 1º, um dia após alcançar a marca dos US$ 1.800 a onça-troy, o maior nível desde 2011, apesar das incertezas criadas pela pandemia. Influenciou a esperança renovada de que a economia global possa estar se recuperando mais rápido do que o previsto com a reabertura de negócios, sentimento confirmado por indicadores recentes da China e EUA, principalmente. Com isso, o principal ativo de refúgio não foi tão demandado hoje, com maior apetite por ativos de risco, diante também de notícias de avanços na busca por uma vacina contra a covid-19.

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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro para agosto encerrou em queda de 1,14%, a US$ 1.779,90 a onça-troy.

Para o Commerzbank, os dados positivos da economia americana de hoje, como empregos no setor privado e o ISM, bloquearam qualquer aumento adicional no preço do ouro.

Segundo Daniel Briesemann, analista do banco alemão, a alavancada do metal precioso, ontem, chegou como resposta à cautela do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, quanto à retomada da economia, e às falas do principal virologista americano, Anthony Fauci, alertando para a rápida elevação dos novos casos de covid-19 nos EUA. “Nesse cenário, não surpreende que o ouro tenha sido novamente demandado como um porto seguro ontem”, avalia Briesemann, economista.

“O ouro continua em alta, mas pode haver uma fadiga” nesse movimento, previu Lukman Otunuga, analista sênior de pesquisa da FXTM, avaliando os próximos dias. O metal precioso ainda teria fôlego para sustentar situações de instabilidade futuras nos mercados em relação à covid-19.

(*Com informações da Dow Jones Newswires)