O contrato futuro de ouro fechou em território negativo nesta segunda-feira. O metal foi pressionado em dia de maior apetite por risco e menor busca por segurança nos mercados globais, com foco na China e na Alemanha. Por outro lado, analistas apontam que o ouro continua a ser apoiado e deve manter força, no cenário atual, com o contrato não muito distante das máximas em seis anos.

O ouro para dezembro fechou em queda de 0,79%, a US$ 1.511,60 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

A medida do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) de no fim de semana ajustar seu mecanismo de taxa de juros foi vista como um possível apoio ao crescimento. Além disso, o governo da Alemanha sinalizou que pode gastar mais, caso o Produto Interno Bruto (PIB) local siga fraco. Com essas sinalizações, houve menor busca por segurança, o que levou o ouro para baixo.

Na avaliação do Commerzbank, contudo, o movimento foi pontual, não o fim do rali para o metal. Sinais de desaceleração econômica global, tensões comerciais e a expectativa de cortes nos juros pelo mundo têm apoiado a demanda pelo ouro.

O Saxo Bank, por sua vez, orientou investidores a aumentar sua alocação de ouro, no quadro atual de juros baixos ou mesmo negativos pelo mundo. Já o BNP Paribas afirma que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) teria de cortar os juros mais duas vezes neste ano, para que o ouro se mantenha acima da marca de US$ 1.500 a onça-troy. O banco francês aponta que a força do dólar pode pressionar o metal nos próximos meses e conter parte de sua força. / Com informações da Dow Jones Newswires