O contrato futuro mais líquido de ouro fechou em queda nesta terça-feira, 22, pressionado pelo fortalecimento do dólar, em meio a sinais de desaceleração da economia global, na esteira da recente onda de casos de coronavírus.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro com entrega prevista para fevereiro encerrou em baixa de 0,66%, a US$ 1.870,30 a onça-troy

Enquanto ainda repercutem a notícia de que o Reino Unido identificou uma nova cepa do coronavírus, investidores monitoram a trajetória da atividade econômica, cuja recuperação é ameaçada pelos desdobramentos negativos da pandemia.

Nos Estados Unidos, o índice de confiança de consumidor caiu de 92,9 em novembro para 88,6 em dezembro, segundo o Conference Board. O resultado contrariou a previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta a 97,5.

A fraqueza da maior economia do planeta estimulou a demanda pelo dólar, que ganhou impulso maior hoje e recuperou parte das perdas recentes. Com a divisa americana forte, commodities tendem a ficar mais caras e, portanto, menos atraente. “Agora que o Congresso entregou uma orçamento de US$ 2,3 trilhões e um pacote de alívio fiscal, o ouro terá que esperar o próximo ano para ter um novo catalisador”, explica o analista Edward Moya, da Oanda.