Os contratos futuros do ouro fecharam em baixa nesta terça-feira, 5, com aumento do apetite por risco nos mercados estimulado pela reabertura de negócios na Europa, China e regiões dos Estados Unidos, que estavam paralisadas pelo isolamento social em meio à pandemia.

O ouro para junho fechou em queda de 0,16%, em US$ 1.710,60 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

A tensão entre China e EUA, sobre quem é o responsável pela pandemia, embora ainda esteja no radar, não foi suficiente para conter o otimismo com uma possibilidade de retomada de algumas atividades econômicas, deixando a segurança do ouro e se arriscando em ativos como ações.

“O apetite por risco entre os investidores melhorou com os movimentos das principais economias para facilitar os bloqueios relacionados à crise do coronavírus”, escreveram analistas do ICICI Bank.

O Commerzbank destaca ainda a queda abrupta das importações indianas de ouro. Segundo “uma fonte próxima ao governo”, as importações em abril totalizaram apenas 50 quilos, ante 110 toneladas no mesmo período do ano passado, o que representa uma redução de 99,9%, escreve o analista Carsten Fritsch em relatório enviado a clientes.

O analista diz ainda que lojas que vendem ouro estão fechadas desde o final de março, e no fim de semana, o que significa que uma proporção substancial da demanda atrasou e provavelmente precisará ser satisfeita posteriormente. “É provável que os casamentos sejam adiados da primavera para o outono, o que poderia resultar em um forte aumento na demanda”, acredita.