O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em queda nesta segunda-feira, 24, em um dia marcado pelo generalizado movimento de apetite por risco, em meio a notícias positivas sobre o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus.

Na Comex, divisão de metais na New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para dezembro encerrou em baixa de 0,40%, a US$ 1.939,20 por onça-troy.

O jornal inglês Financial Times noticiou nesta segunda que o governo americano estuda pular etapas regulatórias para liberar a vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela AstraZeneca antes da eleição presidencial de novembro. A farmacêutica, no entanto, negou tratativas com o governo dos Estados Unidos e vê a especulação como “prematura”.

Em outra frente de estudos, a companhia americana Novavax informou em comunicado nesta segunda-feira que iniciou a fase 2 dos testes clínicos de sua candidata a imunizador para covid-19.

O teste será realizado em até 1.500 voluntários nos Estados Unidos e na Austrália. Cerca de 50% deles terão entre 60 e 84 anos, diz a companhia. Dados sobre o teste devem estar disponíveis no quarto trimestre deste ano.

No domingo, durante coletiva de imprensa, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a autorização, em caráter emergencial, da utilização do chamado plasma convalescente no tratamento de infectados pela doença – ou seja, a utilização de plasma de pacientes já recuperados de coronavírus que desenvolveram anticorpos no tratamento daqueles que ainda lutam contra a doença.

As notícias injetaram ânimo nos mercados globais e impulsionaram ativos de risco, como commodities e ações. O ouro, que costuma se beneficiar em momentos de cautela, por ser considerado reserva de segurança, aproveitou o cenário para continuar o processo de realização de lucros, conforme destaca o Commerzbank. “O ouro continua a se consolidar após a forte alta do início de agosto”, explica.