O ouro encerrou o pregão desta segunda-feira em queda, com investidores do setor avaliando positivamente a definição da agenda de negociações comerciais entre os Estados Unidos e China, o que diminuiu a busca por ativos de segurança, como o metal dourado.

Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), a onça-troy do ouro para dezembro caiu 0,56%, a US$ 1.504,40.

O mercado de ouro reagiu com recuos à confirmação, dada pela Casa Branca, de que autoridades americanas e chinesas irão se reunir a partir da próxima quinta-feira, 10 de outubro, para negociar um acordo para a guerra comercial. A notícia diminuiu a demanda por ativos considerados de segurança, como o ouro, pressionando as cotações.

O bom humor com a agenda superou as incertezas a respeito do desfecho do encontro. A Bloomberg noticiou que o país asiático não estaria disposto a fechar um acordo comercial “amplo”, o que conteve o apetite por risco, mas não com força o suficiente para fortalecer os contratos de ouro.

Contudo, analistas do Commerzbank destacam que o ouro deve ganhar força nas próximas semanas, reagindo a diferentes fatores do noticiário. “É provável que o ouro encontre apoio em torno da incerteza em relação ao Brexit”, diz a instituição.

Hoje, uma corte da Escócia decidiu que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, não é obrigado a pedir uma extensão do prazo do Brexit caso não se chegue a um acordo com Bruxelas, o que estava previsto em lei aprovada pelo Parlamento local. “Continua sendo altamente improvável que um acordo seja alcançado nas próximas duas semanas”, destacam economistas do Rabobank.