O ouro interrompeu nesta terça-feira, 10, a sequência de três altas consecutivas e fechou em baixa, em um dia em que os mercados de ações ensaiam recuperação, após terem uma segunda-feira caótica. O avanço do coronavírus e os desdobramentos da “guerra de preços” no mercado de petróleo seguem no radar de investidores.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para abril recuou 0,91%, para US$ 1.660,30 a onça-troy.

A busca por ativos de segurança se intensificou nos últimos dias, a medida que os impactos econômicos do coronavírus se tornam mais visíveis. Ontem, o petróleo registrou a maior queda diária desde a Guerra do Golfo, em 1991, após a Arábia Saudita deflagrar uma disputa de preços com a Rússia, por divergências no corte da produção em meio ao surto. A crise derrubou bolsas pelo mundo e pressionou diversas commodities.

Hoje, os mercados financeiros amanheceram com humor um pouco melhor, com expectativa de que governos implementem medidas de estímulos fiscais. A cautela, no entanto, permanece, com notícias de que os Estados Unidos ainda não têm um pacote definido para fazer frente ao vírus.

Para o Commerzbank, a trajetória baixista do metal não deve se prolongar. “O apetite do mercado por ouro ainda parece ser considerável”, destaca o banco.