O contrato mais líquido de ouro fechou em leve queda nesta segunda-feira, 1º de junho, com os investidores ainda avaliando a agitação em torno das tensões entre Estados Unidos e China. Apesar das tensões entre Washington e Pequim e da convulsão social nos Estados Unidos, investidores mantiveram foco em dados que indicam um alguma recuperação econômica, como o PMI (índice dos gerentes de compras) da China e EUA.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto encerrou em queda de 0,08%, a US$ 1.750,3 a onça-troy.

“Parece que nada é capaz de perturbar os mercados hoje em dia”, avalia o Rabobank. “A dose de estímulo à política monetária fornecida pelos bancos centrais é tão forte que os investidores tendem a descartar a rápida deterioração das relações EUA-China e o risco de uma segunda onda da pandemia de coronavírus, à medida que os países diminuem gradualmente as restrições”, acrescenta.

Para o Natwest, como as falas do presidente americano, Donald Trump, na sexta-feira, não continham “nenhum anúncio importante”, e com o PMI da China com uma leitura um pouco melhor do que o esperado, “os mercados acionários se recuperaram” de maneira mais firme. A busca por ativos de pressiona o ouro, que é menos demandado.

“Protestos e situações de guerra comercial podem ter efeitos positivos e negativos nos preços do ouro”, disse James Hatzigiannis, da Ploutus Capital Advisors.

O apetite por risco, no entanto, foi contido com notícia de que a China vai suspender importações de produtos agrícolas dos EUA, incluindo as de soja, descumprindo parte do acordo comercial “fase 1” assinado entre as potências no ano passado.

*Com informações da Dow Jones Newswires.