O contrato mais líquido do ouro fechou em leva baixa nesta terça-feira, pressionando pelo avanço nos rendimentos dos Treasuries. Por outro lado, o recuo do dólar ante pares, especialmente o euro, tornou o metal mais barato para detentores de outras divisas. No radar do mercado, fica a inflação ao redor do mundo, com expectativa especialmente pela publicação na quarta-feira dos dados de abril nos Estados Unidos.

O ouro com entrega prevista para o mês que vem encerrou a sessão com perdas de 0,08%, cotado a US$ 1836,10 a onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Os rendimentos dos Treasuries, que recentemente vêm tido forte influência no ouro, avançaram durante grande parte da sessão.

O Danske Bank projeta que os retornos devem manter viés de alta nos próximos três a seis meses, conforme “a recuperação dos EUA ganha velocidade, as expectativas de inflação e as taxas de juros reais continuam a subir e os mercados realmente começam a discutir o momento do ‘tapering’ do QE do Federal Reserve (Fed)”, o início da redução nas compras de bônus no programa de relaxamento quantitativo do BC.

No índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA em abril a ser publicado na quarta-feira, analistas preveem alta mensal de 0,20%, segundo a mediana do Projeções Broadcast, mas com ganho anual do núcleo do índice de 2,3%, acelerando ante março. Sinalizações sobre altas sustentadas nos preços tendem a favorecer o ouro, uma vez que o metal aparece como um refúgio para manter o poder de compra.