O ouro fechou em leve alta nesta quinta-feira, 11, próximo à estabilidade. O preço da commodity subiu em resposta à fraqueza do dólar ante moedas concorrentes hoje, já que, desta forma, o metal precioso fica mais barato e, portanto, mais atrativo a investidores que negociam em outras divisas. A aprovação do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão nos Estados Unidos, porém, trouxe otimismo aos mercados e pressionou o contrato do ouro, já que este é considerado um ativo de segurança.

O ouro com entrega prevista para abril fechou em alta de 0,05%, encerrando a sessão cotado a US$ 1.722,60 a onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Principal driver dos mercados hoje, a nova rodada de estímulos fiscais nos EUA foi aprovada pela Congresso americano ontem e deve ser sancionada pelo presidente Joe Biden na tarde desta quinta-feira, segundo a Casa Branca. A expectativa criada pelo pacote fez com que as bolsas de Nova York operassem em alta, retirando força do ouro, que acabou encontrando apoio em um dólar enfraquecido e na oscilação nos retornos dos Treasuries.

Analista do Commerzbank, Carsten Fritsch avalia que a queda da moeda americana e a diminuição recente no movimento de venda dos bônus dos EUA facilitaram a recuperação do ouro, que já caminhava para uma trajetória de alta após ter o preço reduzido em US$ 100 a onça-troy em apenas uma semana.

No longo prazo, Fritsch diz que o pacote fiscal americano não deve pressionar o ouro, mas sim dar apoio ao metal, já que a dívida pública dos EUA crescerá “substancialmente” e, como resultado, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve ter ainda mais dificuldade para abandonar seu programa de compra de títulos.