O contrato futuro de ouro mais ativo fechou em leve alta nesta segunda-feira, em dia agenda macroeconômica relativamente esvaziada. O metal precioso tem se mostrado sensível a indicadores de inflação, sobretudo nos Estados Unidos, que podem forçar o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a antecipar o ciclo de aperto monetário.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto avançou 0,16%, a US$ 1.807,70 por onça-troy.

Na última sexta-feira, o ouro respondeu com ganhos à leitura de maio do índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos EUA, métrica de inflação preferida do Fed e que avançou a um ritmo anualizado de 3,9%.

Ao longo da sessão, no entanto, o movimento do metal se reverteu quase completamente, à medida que ganhou força o argumento de que a escalada inflacionária é temporária.

Para o analista Edward Moya, da Oanda, a tendência é de que o ouro se estabilize, depois das fortes perdas registradas no período subsequente à decisão de política monetária do Fed de junho, considerada “hawkish” pelo mercado. “A economia dos EUA ainda verá uma boa dose de estímulos ao longo do próximo ano e isso deve manter os negócios de ouro fortes”, avalia.