Os contratos futuros de ouro voltaram a subir nesta quarta-feira, 12, ainda que timidamente, com investidores acompanhando o segundo dia de falas do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) no Congresso americano. No cenário internacional, ainda há incertezas sobre o avanço do coronavírus, embora o ritmo de disseminação tenha desacelerado, de acordo com último balanço da China.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para abril fechou em leve alta de 0,09%, a US$ 1.571,6 a onça-troy.

Em meio à sensação de alívio com relação ao coronavírus e os mercados acionários dos dois lados do Atlântico aumentando o apetite por risco, o ouro chegou a ser negociado em baixa nesta quarta, mas acabou subindo após Powell sugerir que o Fed apoiaria a economia em caso de uma próxima crise econômica.

O presidente do Fed disse que a atual postura da política monetária “é apropriada”, embora tenha ressaltado que se o quadro macroeconômico mudar, “vamos responder de acordo” com tais alterações.

Segundo Tyler Richey, coeditor da Sevens Report Research, “o ouro continua sendo o destino preferido para qualquer capital de risco destinado a commodities”.

O analista Daniel Briesemann, do Commerzbank, valia que o impacto do coronavírus na China ainda tem influenciado o mercado do metal precioso. “Na China, o vírus está tendo um impacto notável na demanda física de ouro. Lá, assim como em Hong Kong, muitos joalheiros estão fechados porque os compradores de ouro ficam em casa para evitar infecções e estão reduzindo seus gastos ao essencial. A China Gold Association e a Metals Focus, um instituto de pesquisa especializado em analisar os mercados de metais preciosos, preveem um declínio considerável na demanda de ouro na China.”

*Com informações da Dow Jones Newswires