O ouro encerrou nesta sexta, 21, em leve alta, amparado pelo cenário desfavorável no exterior, que estimula a busca por ativos seguros. Na comparação semanal, contudo, o metal precioso recuou, pressionado pela força do dólar em algumas sessões e pela ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), divulgada na quarta-feira.

Na Comex, divisão de metais na New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para dezembro fechou em alta de 0,03%, a US$ 1947,00 por onça-troy. Na semana, porém, a variação foi de -0,44%.

Indicadores macroeconômicos vacilantes na Europa e o fracasso das negociações do Brexit azedaram o humor na maioria dos mercados internacionais nesta sexta-feira, estimulando a busca por ativos considerados seguros, como o ouro. O movimento, porém, não teve euforia para o metal precioso, em razão da força do dólar na sessão de hoje.

A moeda americana em alta contém a demanda por commodities, como o ouro, na medida em que as torna mais caras para detentores de outras divisas.

Na semana, porém, a variação foi negativa para o ouro, corrigindo exageros do recente rali. Além do efeito cambial, analistas relatam o peso da ata do Fed. “A ata da mais recente reunião de política do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), divulgada na quarta-feira, revelou que a adoção de ferramentas de controle da curva de juros são improváveis, o que empurrou os rendimentos reais dos títulos públicos americanos de volta para cima. Por sua vez, isso puxou o preço do ouro para baixo”, comenta o time de commodities da Capital Economics.