O ouro fechou em queda nesta quinta-feira, 25, pressionado pelo crescente aumento dos juros dos Treasuries de longo prazo. Nem mesmo a fraqueza do dólar ante os pares durante a maior parte do pregão foi suficiente para impulsionar o metal, que perde atratividade com os rendimentos em alta.

O contrato de ouro para abril recuou 1,25%, a US$ 1.775,4 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

“O ouro ainda é apenas observador em meio à alta das commodities”, afirma o analista de metais preciosos Carsten Fritsch, do Commerzbank. Na avaliação do banco alemão, essa é a “resposta” do ouro à contínua alta nos juros dos Treasuries.

Nesta quinta-feira, o rendimento da T-note de 10 anos ultrapassou a marca de 1,5%, no maior nível desde fevereiro de 2020. “O ouro parece estar enfrentando ventos contrários com o aumento dos juros”, dizem os estrategistas de commodities Warren Patterson e Wenyu Yao, do banco holandês ING, na mesma linha do Commerzbank.

De acordo com o presidente da distrital de St. Louis do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), James Bullard, a alta no retorno da T-note de 10 anos é “apropriada”, diante da perspectiva de mais crescimento econômico nos EUA.

A chefe da regional de Kansas do Fed, Esther George, por sua vez, disse que o avanço recente nos juros de longo prazo não demanda uma resposta de política monetária.