O ouro fechou em queda nesta quarta-feira, 11, pressionado pelo dólar forte. Além disso, o quadro em geral continuava a ser de maior propensão ao risco e menor busca por segurança nos mercados, com a possibilidade de uma vacina para a covid-19 estar disponível em breve no radar.

O ouro para dezembro fechou em baixa de 0,79%, em US$ 1.861,60 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Mesmo que analistas continuem a advertir para riscos na busca pela vacina contra o novo coronavírus, a notícia do início da semana da Pfizer sobre o sucesso de sua candidata em testes de fase 3, segundo resultados preliminares, continuava a influenciar nos mercados, reduzindo a busca por segurança. Nos EUA, além disso, o dia foi atípico, com feriado do Dia dos Veteranos e mercado de Treasuries fechado.

No câmbio, o dólar se fortaleceu ante outras moedas principais, o que torna o ouro mais caro para os detentores de outras moedas e tende a reduzir a demanda pelo metal.

O Commerzbank comenta que a força do dólar e altas nos retornos dos Treasuries em dias recentes tendem a pressionar o ouro, já que este compete com os bônus como opção segura. O banco alemão, porém, lembra em relatório que ainda levará um tempo até a vacina para a covid-19 ser de fato disseminada e que o número de novos casos continua a crescer. Com chance de mais restrições à atividade, o Commerzbank projeta que o ouro pode chegar a US$ 1.900 a onça-troy “em breve” e a US$ 2.000 a onça-troy até o fim deste ano.