O contrato futuro do ouro fechou em queda, em aparente movimento de realização de lucros, após estender ganhos do pregão de quarta-feira ao longo da manhã desta quinta-feira, 11, em meio a sinalizações “dovish” do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell.

O ouro para agosto na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), recuou 0,41% para US$ 1.406,70 a onça-troy.

Em depoimento ao Senado americano nesta quinta-feira, o presidente do Fed reforçou as declarações dadas na quarta à Câmara dos Representantes de que as incertezas causadas por tensões comerciais e desaceleração econômica global estão pesando sobre a perspectiva da economia dos Estados Unidos.

Para o estrategista-chefe de commodities do ING Group, Warren Patterson, a fala de Powell “impulsionou as expectativas de um corte de juros na próxima reunião de política monetária do Fed”, beneficiando o ouro em meio à busca por outros ativos seguros além dos títulos do Tesouro americano.

A possibilidade de nova escalada de tensões no Oriente Médio também ajuda a impulsionar o ouro. Nesta quinta-feira, o Reino Unido afirmou que navios iranianos tentaram bloquear a passagem de uma embarcação comercial britânica pelo Estreito de Ormuz, que liga o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã.

Após avançar 0,86% na quarta, quando registrou o fechamento mais alto em uma semana, o ouro abriu a sessão desta quinta em alta, mas perdeu fôlego e inverteu o sinal ao longo do dia. “Percebo um certo movimento de realização de lucros, mas o ouro ainda se mantém firme acima de US$ 1.400,00” a onça-troy, avalia o vice-presidente executivo do grupo GoldMining Inc., Jeff Wright. Para o analista, o metal precioso se valoriza enquanto o Fed “parece querer cortar os juros, mas sem pressionar muito o dólar no processo”. Com informações da Dow Jones Newswires.