O ouro registrou recuo forte nesta segunda, 9, com investidores mais propensos a buscar ativos de risco, após Joe Biden confirmar a vitória na disputa presidencial dos Estados Unidos e a Pfizer informar resultados preliminares promissores de sua vacina em testes contra a covid-19. Além disso, o dólar forte contribuiu para pressionar o metal.

O ouro para dezembro fechou em baixa de 4,99%, em US$ 1.854,40 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Mais cedo o Commerzbank destacou em relatório que o ouro havia batido o nível dos US$ 1.960 a onça-troy, nas máximas desde setembro. O banco comenta que investidores acompanham a possibilidade de mais estímulos fiscais nos Estados Unidos. Caso Biden tenha dificuldade de avançar nisso, com resistência dos republicanos do Senado, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode se ver levado a relaxar mais sua política monetária, o que pressiona os retornos dos Treasuries. Como os bônus americanos competem com o ouro como alternativa de investimento seguro, isso poderia apoiar o ouro.

Hoje, porém, a notícia da Pfizer de que resultados preliminares da fase 3 de sua vacina contra covid-19 mostraram eficácia de cerca de 90% agradaram investidores, o que impulsionou bastante a tomada de risco. O dólar ainda se valorizou e os dois fatores deixaram o ouro sob pressão.