O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa nesta quinta-feira, em sessão focada nos movimentos dos juros dos Treasuries e no dólar. O recuo nos rendimentos chegou a impulsionar o metal. No entanto, os juros deixaram de apoiar os preços quando passaram a operar sem sinal único. Já o dólar, em alta perante rivais, em especial o euro, pressionou o ouro, uma vez que torna o metal mais caro para detentores de outras divisas.

O ouro para junho fechou em baixa de 0,62%, em US$ 1.782,00 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

No começo da sessão, com o recuo nos retornos dos Treasuries, o ouro chegou a ultrapassar o nível de US$ 1.800.

“O declínio contínuo nos juros dos títulos dos Estados Unidos está fornecendo vento a favor: eles caíram 10 pontos-base em comparação com sua máxima na terça-feira”, apontou o Commerzbank de manhã. No entanto, ao longo do dia, o movimento diminuiu, e os juros longos passaram a operar no território positivo.

Do outro lado do Atlântico, o foco ficou voltado ao Banco Central Europeu (BCE), que manteve juros e o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) inalterados.

A presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, revelou que o conselho considerou prematuro começar a discutir um eventual aperto da política monetária. Um dos efeitos foi uma desvalorização do euro ante o dólar, o que pressionou o ouro, cotado na moeda americana.