O contrato futuro mais líquido do ouro fechou o pregão desta sexta-feira, 7, em baixa, com realização de lucros após as altas recentes e pressionado pela força do dólar, mas registrou ganhos na semana e se manteve acima dos US$ 2.000 a onça-troy.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para dezembro recuou 2,0%, a US$ 2.028,0 por onça-troy, mas avançou 2,12% na comparação semanal.

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O clima nos mercados internacionais é de aversão a risco hoje. A decisão do presidente americano, Donald Trump, de assinar um decreto para banir os aplicativos chineses TikTok e WeChat dos Estados Unidos em 45 dias elevou a tensão entre Washington e Pequim. Mesmo assim, não houve grande busca pela segurança do ouro.

“Resta saber se isso é mais do que um respiro curto antes da próxima alta. Certamente já é hora de os preços serem corrigidos”, afirma o analista de metais Carsten Fritsch, do Commerzbank. Para o profissional do banco alemão, porém, os fundamentos apontam para uma “demanda contínua e robusta dos investidores” pelo metal precioso.

Um dos fatores que tem impulsionado o rali do ouro é a desvalorização do dólar ante outras moedas fortes. Com o dólar mais barato, os contratos do metal cotados na moeda dos EUA ficam mais atrativos para detentores de outras divisas, o que eleva a demanda. Hoje, no entanto, o dólar se fortaleceu diante da tensão sino-americana e após a informação de que os EUA criaram mais empregos do que o previsto em julho.

Além da questão cambial, os juros baixos no mundo todo também têm tornado o ouro mais atrativo para os investidores.