Os contratos futuros do ouro fecharam o pregão desta quinta-feira, 16, em baixa, mesmo com uma maior busca por segurança no mercado após dados fracos do varejo da China. Analistas apontam pouco espaço para uma alta nos contratos da commodity, que já estão no maior nível desde 2011.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto recuou 0,74%, a US$ 1.800,3 a onça-troy.

“O ouro ainda está sendo negociado acima da marca de US$ 1.800 por onça troy, mas está encontrando dificuldades para obter ganhos adicionais”, afirma o analista de metais preciosos Carsten Fritsch, do Commerzbank.

O clima no mercado, em geral, foi de cautela hoje, após um recuo inesperado de 1,8% nas vendas no varejo da China em junho, na comparação anual. Ainda assim, o Produto Interno Bruto (PIB) do país asiático cresceu 3,2% no segundo trimestre de 2020, em relação a igual período de 2019, acima da expectativa de analistas. A produção industrial chinesa, por sua vez, registrou avanço anual de 4,8% no mês passado.

O mercado também acompanhou a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que manteve os juros, mas reiterou a disposição de “ajustar seus instrumentos”.

“O melhor amigo do ouro tem sido o estímulo monetário e não haverá escassez disso tão cedo”, avaliou o analista de mercado Edward Moya, da Oanda. (COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES)