O contrato futuro de ouro fechou em território negativo nesta quarta-feira, 4, em um cenário de menor busca por segurança após relatos de que poderia estar próxima a conclusão da “fase 1” do acordo comercial entre Estados Unidos e China. Isso levou o metal a devolver parte dos ganhos recentes, após, na terça-feira, 3, ter atingido máxima de fechamento desde 6 de novembro.

O ouro para dezembro fechou em baixa de 0,28%, em US$ 1.474,00 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

A informação da Bloomberg, divulgada a partir de fontes, de que Washington e Pequim estariam mais próximos de um acordo preliminar sobre o volume de tarifas que devem ser retiradas para garantir um pacto.

Com isso, aumentou o apetite por risco e diminuiu a busca por segurança, um dia após ter gerado cautela a declaração do presidente americano, Donald Trump, de que um acordo poderia ficar apenas para depois das eleições americanas de 2020.

O ING, contudo, afirma em relatório que mantém uma postura cética sobre a chance de um acordo antes de 15 de dezembro, data prevista para entrar em vigor novas tarifas americanas sobre produtos chineses. Com isso, o banco acredita que o ouro deve mostrar força na reta final do ano.

O Commerzbank, por sua vez, diz que uma análise gráfica do ouro aponta para uma perspectiva de fortalecimento do contrato no curto prazo, em até três semanas. Além disso, o banco alemão comenta que a postura de Trump, com suas idas e vindas no comércio, colabora para apoiar a demanda pelo metal precioso.