O ouro fechou em baixa nesta quarta-feira, 30, com uma menor aversão a riscos e procura por ativos menos seguros, com as bolsas de Nova York subindo, assim como moedas de países emergentes. O dia fechou o mês que registrou a maior queda do metal em quase quatro anos, de acordo com o Commerzbank.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro caiu 0,40%, a US$ 1.895,50 a onça-troy, perdendo o patamar simbólico acima dos 1.900, em queda de 4,2% em setembro.

Em relatório enviado ontem, o Julius Baer já havia sinalizado que a “perspectiva para o ouro será determinada principalmente por buscadores de portos seguros”. Para o banco, em um cenário de melhora no ambiente econômico e ausência de novos lockdowns, o ouro deve se desvalorizar nos próximos meses, a despeito de outros fatores.

“O preço do ouro continua a seguir de perto a taxa de câmbio euro/dólar. A acentuada depreciação do dólar fez com que o ouro subisse até a noite passada, embora o ouro tenha caído novamente quando o dólar subsequentemente começou a se valorizar”, avalia o Commerzbank, que aponta o ouro atrelado ao preço do dólar como um dos grandes fatores para a queda mensal.

O mês com a queda mais pronunciada do preço do ouro antes de agora era novembro de 2016, lembra o Commerzbank. “Naquela época, o dólar americano havia subido imediatamente após a vitória eleitoral surpresa de Trump, fazendo com que o ouro caísse significativamente”, o que o banco não vê como provável atualmente.