O ouro fechou em baixa nesta sexta-feira, 20, sob pressão dos fortes ganhos nos rendimentos dos Treasuries, os títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Esse movimento ocorre na medida em que investidores já começam a precificar uma alta mais acelerada da inflação americana, o que levaria a um aperto monetário mais firme pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e, assim, à valorização do dólar ante moedas rivais.

Esse cenário para o câmbio torna o metal, cotado em dólar, mais caro para detentores de outras divisas. Os retornos da T-note de 10 anos renovaram máximas em sequência nesta sexta-feira, atingindo os níveis mais altos desde fevereiro, acima da barreira psicológica de 2,9%.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato futuro de ouro para junho fechou em baixa de 0,78%, a US$ 1.338,30 a onça-troy, e caiu 0,71% na semana.

No início do mês, a escalada de tensões geopolíticas que culminou com uma ação militar coordenada entre Estados Unidos, Reino Unido e França na Síria levou o ouro ao nível de US$ 1.360 por onça-troy, mas a commodity logo baixou desse pico.

“Toda vez que chegamos perto desses níveis, o ouro não consegue romper” a resistência, disse o gerente de fundos da VanEck Associates Joe Foster. “Se crescerem expectativas por uma elevação de juros (pelo Federal Reserve), aí certamente isso pesará sobre o mercado de ouro”, concluiu. (Com informações da Dow Jones Newswires)