O contrato futuro mais ativo de ouro fechou em alta nesta segunda-feira, sustentado pelo enfraquecimento do dólar no mercado internacional, que abriu espaço para recuperação parcial das fortes perdas da semana passada. Os prospectos para a política monetária nos Estados Unidos seguem direcionando as cotações do metal precioso.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto avançou 0,79%, a US$ 1.782,90 por onça-troy.

Após ter a pior semana desde o início da pandemia, com tombo de 6% no acumulados dos cinco pregões, o ouro ensaiou retomada hoje. A desvalorização do dólar ante rivais contribuiu para o movimento, ao tornar o ativo mais barato e, portanto, mais atraente.

Na última sexta-feira, o presidente da distrital de St. Louis do Fed, James Bullard, espalhou cautela pelos negócios ao afirmar que espera alta da taxa básica de juros em 2022, antes da previsão majoritária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), que sinalizou para alta em 2023. Mas nesta segunda-feira ele disse que acredita vai demorar algum tempo até que o processo de tapering, isto é, a retirada de estímulos, esteja organizado.

O comentário amenizou um pouco dos temores de que o Fed antecipe o ciclo de aperto monetário, que vinha prejudicando o ouro desde a decisão da última quarta-feira.

Segundo o Commerzbank, investidores também estão aproveitando os níveis baixos dos preços para conseguir barganhas.

“O ouro se recuperou levemente a US$ 1.775 de manhã, encontrando vento favorável na queda dos juros dos Treasuries”, explica o banco.