Os contratos futuros de ouro fecharam em alta nesta quinta-feira, 13, impulsionados pela piora das perspectivas para o cenário geopolítico global após o suposto ataque a dois navios petroleiros no Golfo do Omã. A incerteza no quadro mundial tende a desencadear um processo de busca por segurança, valorizando o metal precioso.

O ouro para agosto negociado na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange, avançou 0,51% e fechou a US$ 1.343,70 a onça-troy.

As tensões oscilantes no cenário mundial têm alimentado a demanda por segurança que sustenta o rali do ouro nas últimas semanas. O suposto ataque a navios petroleiros na manhã desta quinta, atribuído pelos EUA ao Irã, foi mais um fator que contribuiu para o clima de incerteza no mercado. O quadro mundial já vinha se deteriorando após sinalizações de que as negociações entre Estados Unidos e China só terão progresso na reunião da cúpula do G20; o presidente americano Donald Trump também teceu críticas na quarta-feira à Rússia e ameaçou sancionar o gasoduto Nord Stream 2.

Outro fator que impulsiona a demanda pelo metal precioso é o crescimento das apostas do mercado em um corte de juros do Fed na reunião do mês que vem. Uma redução da taxa de juros implica menor rendimento dos treasuries (títulos do Tesouro americano), incentivando investidores a procurar outros ativos seguros, como é o caso do ouro.

Analistas do ING Group preveem a continuação da escalada do ouro no curto prazo, testando o nível de resistência de US$ 1.358,00 a onça-troy. No entanto, a previsão para a trajetória do metal no médio prazo é neutra, flutuando amplamente entre US$ 1.043,00 e US$ 1.370,00 a onça-troy.