O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em alta nesta terça, 1º, após completar nesta segunda, 30, a pior performance mensal em quatro anos, e o metal ter atingido menor valor em cinco meses. O impulso para o preço do ouro hoje foi guiado, em parte, pelo enfraquecimento do dólar, o que costuma beneficiar o metal. Além disso, há sinais positivos sobre a demanda na Ásia pelo metal precioso.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), a onça-troy do ouro com entrega prevista para fevereiro, que agora é o contrato mais ativo, avançou 2,13%, a US$ 1.818,90.

O ouro recuperou hoje parte das perdas que vinha acumulando recentemente. Com queda de 5,4% em novembro, o metal teve seu pior desempenho em um mês desde novembro de 2016, segundo o Commerzbank. Em US$1,780.90 a onça-troy, o ouro atingiu ontem seu menor patamar desde 1 de julho deste ano.

Um elemento que impulsionou o preço do ouro foi a queda do dólar, já que frequentemente ambos os ativos de segurança rivalizam entre si. O índice DXY, que mede a moeda americana frente outras seis divisas de economias desenvolvidas, tinha queda às 17h41 (horário de Brasília) de 0,68%, a 91,241 pontos.

Além disso, notícias da demanda na Índia oferecem impulso ao ouro. O Commerzbank avalia que o retorno das compras no mercado asiático é “importante para estabilizar o preço” do metal. “Os revendedores estavam cobrando prêmios de US$ 5 por onça troy sobre os preços domésticos oficiais, algo que não era visto há muito tempo”, aponta o banco alemão sobre o mercado indiano.

Para o ano que vem, a Fitch acredita que mineradoras de ouro “continuarão a se beneficiar da forte demanda e geração de fluxo de caixa em 2021”, segundo relatório enviado a clientes hoje. (COM INFORMAÇÕES DOW JONES NEWSWIRES)