O contrato mais líquido do ouro avançou nesta sexta-feira, 8, mas acumulou perdas pela quarta semana consecutiva. O metal precioso é pressionado pela força do dólar ante rivais, em meio às preocupações de investidores com risco de recessão nas maiores economias do mundo.

O ouro para agosto fechou em alta de 0,15%, em US$ 1.742,30 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na semana, porém, o metal acumulou perdas de 3,29%.

A Capital Economics destaca que os preços das commodities foram empurrados para baixo nesta semana por conta do forte dólar, com o índice DXY tendo alcançado máximas em cerca de 20 anos. A consultoria prevê que a divisa americana deve seguir forte por mais tempo, potencialmente subindo ainda mais, o que deve pressionar preços das commodities, em especial o ouro.

Analista da Oanda, Edward Moya afirma que os preços do ouro viraram para cima hoje à medida que os mercados financeiros parecem estar perto de precificar o aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed). A semana “péssima” para o metal precioso foi guiada pelos medos quanto à recessão e pico do dólar, seguido pelo aumento na ponta curva dos juros dos Treasuries, diz. “O ouro ainda pode estar vulnerável a um declínio na zona de US$ 1.650 a US$ 1.675 a onça-troy antes que os compradores estejam dispostos a retornar”, prevê Moya.