O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta sexta-feira, 29, em sessão na qual a commodity é impulsionado pela desvalorização do dólar. A moeda americana recua depois de fortes altas recentes, e também é pressionada pelo avanço do euro, em dia no qual o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) mostrou a persistência da inflação na região da moeda comum.

O ouro para junho encerrou a sessão com alta de 1,08%, a US$ 1.911,70 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

O preço do ouro subiu acima da marca de US$ 1.900 por onça troy novamente hoje, depois de ter sido negociado abaixo desse limite durante todo o dia de ontem, aponta o Commerzbank, indicando que a recuperação está sendo ajudada pelo dólar um pouco mais fraco, cuja valorização maciça pesou fortemente sobre a commodity nos últimos dias.

“Como o preço do ouro reage presumivelmente dependerá principalmente de como os dados afetam a taxa de câmbio entre euro e dólar”, aponta o banco alemão. A moeda comum teve valorização especialmente após a taxa anual do CPI da zona do euro ter atingido a máxima histórica de 7,5% em abril, superando o recorde anterior de 7,4% observado em março.

Sobre o mercado, o TS Securities avalia que um contingente de participantes também espera que a capacidade do Federal Reserve (Fed) de restringir a inflação do lado da oferta seja limitada, o que defende um regime estagflacionário no qual o ouro estará em alta demanda como reserva de valor. No entanto, o declínio recente nos preços está acenando para uma corte crescente que espera que a impressão da inflação do mês passado possa ter marcado o pico, avalia.