O ouro encerrou o pregão desta terça-feira, 30, em alta, em meio ao clima de cautela renovado após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o acordo comercial com a China.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro fechou em alta de 0,65%, US$ 1.429,70 a onça-troy.

O líder da Casa Branca voltou a atacar a China em seu Twitter, afirmando que o país asiático sempre volta atrás em acordos comerciais e que está “morrendo de vontade” de firmar um pacto com Washington. “Mas a decisão (de fechar ou não o acordo) é minha, não deles”, completou o republicano, que ainda declarou que, se reeleito em 2020, o acordo com a China “será muito mais difícil do que o que estamos negociando agora… Ou não haverá nenhum acordo”.

As declarações do chefe de Estado americano – que vem no mesmo dia em que uma delegação americana está na China para negociações comerciais – geraram certa cautela nos mercados, que esperam um acordo entre as duas maiores economias do mundo, levando investidores a ativos considerados seguros, como o ouro.

Segue no radar de agentes do mercado, ainda, a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que será anunciada nesta quarta-feira. A expectativa por redução das taxas básicas de juros, ao menos na ordem de 25 pontos-base, pressiona os retornos dos Treasuries, também considerados ativos seguros. Com a rentabilidade dos títulos públicos reduzida, investidores que buscam segurança podem privilegiar os contratos de ouro, o que tende a fortalecer o metal.

Em relatório divulgado a clientes, o Commerzbank disse esperar que a alta nos contratos de ouro se mantenha, ao menos até o final do ano.