Os contratos futuros do ouro fecharam em alta nesta segunda-feira (13) e se mantiveram no maior nível em mais de 7 anos, com os investidores mostrando cautela em relação aos impactos do coronavírus, mesmo que alguns países possam estar chegando ao pico da pandemia.

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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para junho encerrou em alta de 0,49%, a US$ 1.761,4 a onça-troy, e manteve maior nível desde outubro de 2012, alcançado na última quinta-feira (9).

Para analistas da Zaner Metals, o metal precioso parece “ter sólidos fundamentos otimistas em geral”, devido à “deterioração do sentimento econômico em todo o mundo”. Hoje, o comando da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que há sinais de estabilização na curva de novos casos de coronavírus em vários países, principalmente na Europa. O diretor-geral da entidade,

Tedros Adhanom Ghebreyesus, no entanto, disse que medidas de isolamento social devem ser retiradas de modo lento e controlado.

Na visão de Christopher Louney, analista da RBC Capital Markets, as perdas que o ouro sofreu desde o início da crise do coronavírus têm ligação com a “busca de liquidez em dinheiro para cobrir perdas”. Para o especialista, porém, a “atitude” dos investidores em relação ao metal precioso não mudou.

“Os participantes do mercado estão cientes dos riscos existentes dos impactos da pandemia, e um ativo como o ouro que recomendamos há muito tempo como sobreposição de risco deve receber suporte contínuo”, diz Louney.