O contrato futuro mais líquido de ouro fechou em alta nesta terça-feira, 30, alcançando a marca do US$ 1.800 a onça-troy, o maior nível desde 2011. As incertezas criadas pela pandemia, a reabertura de economias e uma possível segunda onda de casos de covid-19 fazem do ouro o principal ativo de refúgio, apontam analistas. Embora o mercado acionário – considerado mais arriscado – se mantenha atrativo pelo excesso de liquidez injetado pelos bancos centrais, o ouro continua sendo procurado como investimento de segurança para momentos instáveis e de oscilação.

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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro para agosto encerrou em alta de 1,08%, a US$ 1.800,50 a onça-troy.

Uma grande oscilação foi observada nos mercados financeiros hoje, respondendo a cada notícia sobre a pandemia de covid-19. O tom cauteloso de banqueiros centrais que discursaram nesta terça-feira, além das tensões entre EUA e China, deixaram o mercado com um pé atrás. Ao mesmo tempo, a reabertura das fronteiras na Europa e perspectivas de uma vacina contra a covid aumentaram o otimismo e a esperança na recuperação. Com isso, o ouro se beneficiou mais uma vez como porto seguro em momentos de incerteza.

“O ouro é uma das únicas classes de ativos importantes a ter um retorno no acumulado do ano positivo”, disse Jeff Klearman, gerente de portfólio da GraniteShares. “A destruição da demanda atingiu os EUA e economias globais e, em seguida, a resposta sem precedentes de estímulo monetário e fiscal resultante aqui e no exterior desempenharam o papel da principal força motriz por trás do desempenho do ouro este ano”, complementou.

*Com informações da Dow Jones Newswires.