Os contratos futuros de ouro fecharam esta terça-feira, 7, em alta, superando a marca do dia anterior no maior nível desde 2013. Os investidores continuam preferindo ativos mais seguros diante das incertezas em relação ao cenário geopolítico, após o ataque americano que matou o general iraniano no Iraque, Qassim Suleimani, na semana passada. Pesam também nas preocupações certa incerteza sobre a assinatura do acordo comercial sino-americano, após notícias de que a viagem da comitiva asiática para os Estados Unidos não tem data confirmada, e que o governo chinês não vai elevar a importação de grãos dos Estados Unidos.

O ouro para fevereiro subiu 0,35%, a US$ 1.574,3 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

As tensões entre EUA e Irã e as dúvidas sobre o desenrolar do conflito nas próximas semanas sustentam certa cautela, com investidores buscando a segurança do ouro. Nesta terça, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou que o Irã nunca terá arma nuclear, que os Estados Unidos atacaram e assassinaram o general Qassim Suleimani para impedir um “ataque iminente” orquestrado contra americanos.

Segundo análise do ING, “sem surpresa, o ouro continua a encontrar um bom apoio, dados os desenvolvimentos no Oriente Médio”. A instituição diz ainda que a “atual rede especulativa de longo prazo “provavelmente será significativamente maior, dada a mudança para ativos de refúgio nos últimos dias”.

As negociações comerciais entre EUA e China voltaram a rondar as preocupações dos investidores nesta terça, com dúvidas sobre a assinatura do acordo “fase 1”. O vice-ministro de Agricultura da China, Han Jun, afirmou que Pequim não elevará sua cota anual de importação de grãos dos EUA, de acordo com o Caixin Global.

Mais tarde, o Global Times informou, por fontes, que ainda não está clara uma data específica para a cerimônia de assinatura do pacto comercial nos EUA.